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A natureza criou na parte posterior do nariz e da boca uma verdadeira muralha destinada a proteger o organismo das constantes tentativas dos micro-organismos invadirem nosso corpo. Nessa muralha existem bastiões que são as amigdalas palatina, linguais e faríngeas. Sustentam uma guerra permanente contra as agressões externas. Tudo que entra com o ar que respiramos e com os alimentos que comemos passa pela inspeção desses portões onde existem guardas armados com todas as nossas defesas. Ali estão engatilhados milhões de anticorpos prontos para disparar e aprisionar qualquer agressor que já tenha sido identificado. Esses tecidos linfáticos, ricamente vascularizados, mantêm um exército de linfócitos capazes de aprisionar qualquer vírus ou bactéria estranhos e levá-los aos quartéis, onde são identificados e elaborados novos anticorpos. Essa verdadeira guerra não cessa nunca. Travada 24 horas por dia, do nascimento até a morte.
A circulação do sangue abastece continuamente de soldados (linfócitos) e munição (anticorpos) para que nossas defesas não fraquejem, porém existem condições em que isso não acontece como devia. Nas estações frias, se não estivermos bem agasalhados, a vasoconstrição periférica fará diminuir a circulação e, com isso, faltarão soldados e munição nas horas graves. Também quando outras doenças desviam essas defesas para outros locais do organismo, essa muralha fica vulnerável. Daí a obrigação de nos mantermos abrigados do frio, principalmente no pescoço, e cuidarmos de outras morbidades para que se mantenham controladas.
Estamos em plena batalha contra a Convid-19. Nossos organismos ainda não conhecem esse agressor que precisa ser analisado e receber um anticorpo específico para que, em futuras guerras, ele possa ser identificado e barrado pelo Anel de Waldeyer. Enquanto isso não acontecer, estaremos vulneráveis e poderemos ser invadidos a qualquer tempo. Os organismos jovens, com bons mecanismos de defesa, vencem galhardamente essa luta. Os indivíduos sadios, mesmo que maduros ou velhos, também se defendem bem. O problema são os velhos debilitados ou aqueles que, mesmo jovens, tenham outras doenças ou deficiências imunológicas. Esses, se infectados, poderão sucumbir à agressão. Sua única defesa será permanecer longe do campo de batalha. Somente uma vacinação prévia será capaz de protegê-los e ainda não temos essa vacina. Talvez para o próximo ano.
Felizmente essas batalhas podem receber aliados que interfiram decisivamente na luta e definam a vitória do nosso organismo. As vacinas, os antibióticos, as vitaminas, os quimioterápicos na medicina alopática e todo um arsenal de fitoterápicos e procedimentos empíricos adquiridos pela sabedoria popular, bem como a fé que remove montanhas, são aliados preciosos que nos ajudam a vencer as doenças.
Durante essa guerra contra a Convid-19, que já tem provocado uma enormidade de mortes e produzido um medo pânico na população mundial - fatores adversos na luta, que só contribuem para diminuir as defesas do nosso organismo -, algumas luzes já aparecem no fim do túnel. A cloroquina que já é utilizada há mais de 100 anos no combate e prevenção da malária e no tratamento de algumas doenças autoimunes, está se sobressaindo como arma importante, a nosso dispor, para combater o vírus. Seu derivado, hidroxicloroquina, está sendo usado em clínica paulista com sucesso absoluto quando introduzida precocemente na medicação.
Uma vez identificada a presença do vírus, no segundo ou terceiro dia de aparecimento dos sintomas, uma equipe médica está levando um "kit" de remédios até a residência do doente e o tratamento está sendo feito em casa, sem a necessidade de internação. O sucesso já está esvaziando as UTIs e a ameaça de colapso no sistema de saúde está sendo afastada. Talvez isso nos leve, em pouco tempo, à volta da normalidade no campo do trabalho e na higiene mental.